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OS PORTADORES DO BRASÃO OU OS PORTADORES DO LIVRO

O espírito ba aparece na arte egípcia como um pássaro com a cabeça humana. O seu suposto papel era executar certos deveres no além que permitiriam a ressurreição do corpo.

O ka residia perto do corpo físico. A khu cercava o corpo, como uma aura luminosa, enquanto o sahu prosseguia em direção ao paraíso. O khaibit unia-se ao ka ou a ba como um parasita. É por conseguinte a ba que assumia o fardo das tarefas efêmeras da alma conservando ao mesmo tempo o desejo de continuar. Um fantasma egípcio dotado de uma ba fraca sucumbia à outras influências da alma: seu khaibit levava-o a caçadas bestiais, ou o ka recuperava e consagrava-se exclusivamente à uma ressurreição que não viria nunca. Muitos ba com uma força suficiente para opôr-se às tentações de seu khaibit faminto, sem mencionar os séculos de apatia no mundo subterrâneo, fizeram da cidade de Amenti o seu lar. Quando os séculos que se escoavam fizeram compreender que a vontade de Apophis não podia ser alterada, certos ba se desesperaram e se entregaram ao Corruptor. Outros se conformaram a uma estada eterna em Amenti.

Como os residentes mais comuns (e dedicados) do Reino Sombrio de Areia, os ba ocupavam numerosos postos no palácio da citadela sagrada, como sacerdotes do Deus da Vida. Os ba que tiveram um real desejo de atingir posições deste tipo, gozando de certo poder político e de um estatuto santo, foram chamados de Khri-habi, ou Portadores do Brasão. Ocupavam a maior parte das posições dentro do Shanu-atiu - o círculo interno dos sacerdotes que zelavam pela figura imóvel de Osiris, ensinava os seus antigos mandamentos e interpretava as palavras que ele pronunciava nos seus raros momentos de lucidez. O Khri-habi transcrevia, discutia e interpretava as mais mínimas observações do seu senhor e desenvolveu uma biblioteca de saber impressionante. Os seus conhecimentos exaltados valeram-lhes o título suplementar de Portadores do Livro. Quando o Dja-akh atravessou a cidade de Amenti, tudo o que tinham se esforçado para construir foi varrido. Alguns se lançaram na tempestade esquecendo o nome de Osíris na sua dor. Os que se recordavam da sua promessa voaram em redor do mundo físico, esperando uma alma para resgatar.

O ba é a encarnação espiritual do subconsciente. Os raros tem-akh ba que sobreviveram à tempestade espiritual possuem grandes qualidades de sabedoria e comando. Graças a esta força, um espírito ba acha mais fácil vincular-se a um indivíduo de espírito fraco, alguém cujo nível de consciência é mínimo. O receptáculo ao qual o ba procura vincular-se vive a sua vida por instinto, por hábito ou por dogma. O hóspede tem tendência a ter um moral pessoal muito pouco desenvolvido, ou um sentido da sua própria identidade muito fraco. É dominado pela influência das suas paridades, da autoridade, da tradição, do hábito e da rotina.

Hekau Fundamental: Alquimia


O Haje[]

Devido à sua concentração sobre o intelecto, o ba é o mais capaz, entre todos os tem-akh, de fazer face às complicações da sua viagem para as Terras da Fé. Conserva bastante presença de espírito para decidir o método de regresso mais seguro. Tais considerações pedem tempo, o que faz com que ele tenha de se adaptar à nova condição às pressas.


A Terceira Vida[]

O espírito ba une-se ao seu hóspede sabendo que o seu parceiro não tem o hábito de pensar por ele mesmo - nem talvez de pensar racionalmente. O Khri-habi asfixia rapidamente os comportamentos antiprodutivos ou inconscientes nascidos do hábito, da pressão de outro ou a obediência cega à autoridade. Após a sua ressurreição, a nova múmia se dá conta que tem passou muito tempo, na sua vida precedente, na frente de um aparelho de TV bestificante, e que seguiu as multidões ou acatou as ordens dos outros. A tendência de reagir apenas quando pressionado rapidamente é substituída por um desejo de independência. Intensamente consciente, agora, que o mundo é bem mais complexo e mais diverso que nunca soube, o Portador o Brasão anseia por aprender ainda mais, e a autodescoberta torna-se uma etapa importante para a independência. A constância e a estabilidade são também mais importantes que os desafios intelectuais. Os talentos naturais do Portador de Pergaminhos orientam-no para uma carreira de terapeuta, de psicólogo, de médico ou mesmo em direções ainda mais esotéricas, como a cura pela fé ou a astrólogia. A sensação de ser responsável pelo outro cresce à medida que o Khri-habi abandona a sua existência sem interesse e desfaz-se das cadeias da escravidão forjadas pelo dogma ou pela coerção. À medida que analisa o mundo com a sua consciência recentemente aberta, vê como os outros desperdiçam o seu potencial. O Khri-habi procurará abrir os olhos daqueles que encontrará. A maior parte termina por crer por que a procura de Maat não terá fim enquanto os indivíduos não aprenderem a pensar de maneira crítica e aceitar a responsabilidade das suas próprias ações.


Afiliações[]

Instituições mortais, como os hospitais, as organizações sem fins lucrativos e as igrejas atraem o Khri-habi. Estas organizações beneficiam amplamente das presenças do Portador do Brasão, que procura sublimar e aperfeiçoar qualquer um que tocar. Um Khri-habi sente-se em casa em qualquer lugar onde se aprecia o trabalho de equipe, a inteligência e o desejo de ajudar outro. Cada Portador de Pergaminhos procura a mesma coisa na sociedade Amenti. O Culto de Isis - durante muito muito tempo curandeiros e guardiões do saber no Egito – é a facção preferida dos khri-habi. O foco disperso da seita moderna dá apenas mais desejo ao Portador do Brasão de integrá-lo. Com a ajuda do venerável Khri-habi, a herança de Isis poderia tornar-se novamente algo maravilhoso. Outros Khri-habi preferem associar-se ao Shemsu-heru para ajudar Hórus na sua procura para restaurar o equilíbrio de Maat sobre o mundo.

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